Afinal, o que é a agricultura?
Trata-se somente de plantar, cultivar e colher? Ela é, de fato, o conjunto de técnicas relacionadas à terra, mas não apenas isso. Os seus tipos, a sua importância e como ela impacta vidas são temas muito mais amplos do que isso.
Até mesmo a agricultura familiar precisa ser detalhada quanto à sua importância.
É um erro pensar que da terra se colhe somente alimentos. Energia, roupas e medicamentos, por exemplo, também são obtidos a partir dela.
Isso ajuda a dar uma dimensão da sua importância, principalmente quando se fala a um nível nacional.
Neste artigo você vai conhecer mais não apenas sobre a agricultura, mas também sobre a produção nacional, os seus números e características.
O que é agricultura?
É importante determinar exatamente o que é, afinal, agricultura. Esse conjunto de práticas ligadas ao campo é muito antigo, sendo talvez uma das atividades mais antigas do mundo. Desde sempre está relacionada ao cultivo das mais variadas espécies, mas não se trata apenas disso.
A própria origem da palavra “agricultura” já determina com clareza o seu significado. O prefixo que a forma, “agro”, vem do latim “agru”, que remete à “terra cultivada ou cultivável”.
Assim, portanto, logo se entende que a agricultura é, de fato, uma atividade ligada ao plantio e cultivo.
Agricultura na história
A agricultura tem importância inclusive histórica, já que é utilizada como referência entre a divisão do período neolítico e o seu antecessor, o da Idade da Pedra Lascada.
É nessa época que a atividade deu um novo sentido e ajudou a formar algumas comunidades. Isso aconteceu porque a população viu a necessidade de migrar para zonas próximas ao mar para facilitar as plantações.
Portanto, é correto afirmar que a agricultura foi determinante no fluxo dos povos antigos. Ela também surgiu como uma alternativa à caça e pesca, que eram mais comuns à época. Contudo, até hoje ela tem essa importância, principalmente para a economia, já que muitos povos a utilizam para garantir a diversidade da sua base econômica.
Tipos de agricultura
A agricultura não consiste em apenas um tipo de conjunto de técnicas. Na verdade, são vários tipos de agricultura, principalmente no Brasil. Essa diversidade se dá principalmente pela extensão do país, já que possui um clima variado e características muito distintas entre uma região e outra.
No norte do país, por exemplo, não se cultivam as mesmas plantas que no sul.
A seguir você entenderá melhor sobre os tipos de agricultura e as suas principais características:
Agricultura natural:
Aa características desse tipo determinam que as atividades agrícolas possuem o propósito de potencializar processos naturais. Isso é voltado para evitar que aconteça a perda de energia no sistema. Assim, procura-se também tornar o menos artificial possível a prática.
Esse tipo ainda tem alguns diferenciais, como o ato de não permitir o uso de dejetos animais.
Agricultura biológica
Ela foi criada na década de 30 pelo biólogo Dr. Hans Müller. O seu destaque é o Controle Biológico e o manejo integrado de pragas e doenças. Isso quer dizer que há uma preocupação ecológica no processo. Há também a defesa de fontes de energia renováveis.
Para o seu criador, Dr. Hans, o ideal é combinar as unidades de produção com as atividades socioeconômicas da região em que se está inserido. Esse, segundo ele, é o plano ideal para a agricultura.
Permacultura
É um tipo de agricultura em que há a integração com o ambiente. Isso envolve plantas semipermanentes e permanentes, além dos animais. A permacultura surgiu na Austrália e considera aspectos paisagísticos e também energéticos no processo da agricultura.
Agricultura biodinâmica
A sua base de respeito à diversificação e integração da exploração de vegetais, animais e florestas é comum às demais produções orgânicas. Contudo, ela se diverge no uso de substâncias para potencializar forças naturais para otimizar o crescimento das plantas.
Ainda, a agricultura biodinâmica baseia o seu plantio, cultivo, etc, no calendário astral. Ou seja, a posição da lua e dos planetas interfere na prática.
Agricultura orgânica
Criada a partir de pesquisas do inglês Sir Albert Howard, esse tipo tem como princípio fundamental não utilizar adubos artificiais ou químicos minerais.
Agricultura atual ou convencional
Surgiu no século XIX durante a 2ª Revolução Industrial. Os fertilizantes químicos são uma das suas principais características. Nesse tipo há uma dependência entre o agricultor e recursos como tecnologias e capital.
Agricultura no Brasil
A agricultura é considerada uma das mais importantes bases econômicas do Brasil desde o início da sua história. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a agricultura exporta mais de R$ 100 bilhões anuais junto à pecuária.
É importante destacar que o Brasil teve diversos ciclos agrícolas ao longo da sua história. Passou-se pelo Pau-Brasil, cana-de-açúcar, café, entre outros. Atualmente, a pecuária é a grande marca do país quando se fala em agricultura.
Ainda, as diferentes regiões possuem características próprias.
No sul, por exemplo, destacam-se as produções de soja, milho e algodão, sempre em larga escala e automatizada. Esse tipo de produção, entretanto, não cria tantos empregos. No sudeste também predomina a característica tecnológica.
Os principais cultivos são de café e fruticultura.
O nordeste do país, onde o clima é mais úmido, o álcool e o açúcar tem maior predominância. Além disso, a agricultura familiar também é muito presente, principalmente nas zonas áridas.
Já o centro-oeste é marcado pela soja, enquanto que o norte vê o agronegócio crescer cada vez mais. Isso significa uma agricultura com baixa tecnologia e uma pecuária quase primitiva.
Importância da agricultura
Como você viu anteriormente, a agricultura tem uma importância história bem marcada. Economicamente ela também é fundamental, em especial ao Brasil, onde é a sua base econômica.
A sua importância, entretanto, estende-se a outros campos. Além de ter sido decisiva para o desenvolvimento das sociedades, ela também fornece subsistência a milhões de famílias ao redor do mundo.
A prática é não apenas uma forma de sustento, mas também de nutrição.
A agricultura é uma grande matéria-prima no caso brasileiro e ainda é geradora de empregos. Dessa forma, mais do que com as exportações, ela colabora para a movimentação econômica no país.
Agricultura familiar
A agricultura familiar é uma prática muito particular. Ela difere-se de inúmeras formas das demais, visto que a atividade torna-se a renda oficial de uma família.
É preciso considerar também a relação do agricultor com a terra: ele não apenas sustenta-se dela como também mora nela.
Para se ter uma ideia é possível avaliar os dados do último Censo Agropecuário. Segundo ele, 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes tem a agricultura familiar como base econômica.
A importância é tão grande que uma lei de 2006 (Lei 11.326) definiu a Política Nacional da Agricultura Familiar.
O Censo Agropecuário avaliou ainda a diversidade da produção da agricultura familiar. A constatação afirma que 87% da mandioca produzida no país origina-se justamente da agricultura familiar.
Quanto ao feijão esse número chega a 70%. Destacam-se ainda o arroz, trigo, café e milho.
Como forma de incentivo, há no país o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Ele busca auxiliar o desenvolvimento da agricultura familiar de forma sustentável e oferecendo até mesmo linhas de crédito rural específicas aos agricultores para investirem na sua produção.
Dessa forma, espera-se que a agricultura, principalmente a familiar, siga produzindo parte da riqueza do país.
O consórcio para máquinas agrícolas também é outra opção para o produtor rural que quer ter mais resultados para sua propriedade.
Atualmente, estão incluídos como agricultores familiares os seguintes grupos:
- Silvicultores;
- Aquicultores;
- Extrativistas;
- Pescadores;
- Indígenas;
- Quilombolas;
- Assentados da reforma agrária.
Agricultura do Brasil para o mundo
Para encerrar esse artigo é importante citar novamente a importância da agricultura para as exportações brasileiras. Segundo um levantamento da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, o Brasil foi o terceiro maior exportador agrícola no mundo todo em 2016.
Desde o início do século XXI o Brasil já ultrapassou grandes potências como o Canadá e a Austrália. Assim, aproxima-se também do seu principal concorrente: a China. Países como Indonésia e Índia também se destacaram e são fortes concorrentes às exportações brasileiras.
Para se ter uma ideia, o Brasil produziu em 2015 cerca de 12,3 milhões de toneladas de arroz. Fora do mercado asiático, o país é o maior produtor e consumidor do produto no mundo todo. A região sul, nesse caso, é responsável por mais de 60% da produção nacional.
Modelo da Agricultura de Precisão
O modelo de produção da agricultura de precisão usa de máquinas, tecnologias e controle do agricultor para monitorar as informações da área plantada, tratando cada pequena área como única, reconhecendo as diferenças de cada região.
Esse método traz vários benefícios para o produtor. Dentre as vantagens da agricultura de precisão estão:
- cada local tem sua produtividade maximizada
- insumos (água, fertilizantes, defensivos…) não são desperdiçados
- menos danos ao solo e ao meio ambiente
De forma resumida, a agricultura de precisão gera um aumento da produtividade de forma mais sustentável do que os métodos tradicionais.
O Smart Farming, do português Fazenda Inteligente ou Agricultura Inteligente, traduz a inserção de tecnologias para alcançar resultados e desempenhos cada vez melhores na produção do campo e está diretamente relacionado à agricultura de precisão.
Basicamente, a ideia do Smart Farming é atuar em duas frentes: Na tomada de decisão e na aplicação. Pensando em fluxo completo, a fazenda perfeita funciona:
- Extraindo dados em tempo real;
- Tratando os números e criando previsões;
- Tomando a decisão baseando-se em argumentos e fatos levantados anteriormente;
- Aplicando as ações definidas da forma mais eficiente possível;
- Entendendo os resultados para melhoria contínua.
Futuro agrícola brasileiro em aberto
A Embrapa possui estudos frequentes sobre o futuro da agricultura brasileira. De acordo com a instituição, as mudanças são muitas e aceleradas, não podendo o Brasil fugir delas.
Alguns estudos da Embrapa afirmam que há megatendências importantes sendo consideradas para até 2030 na agricultura brasileira. A convergência entre tecnologia e conhecimento, por exemplo, é uma delas.
As mudanças climáticas e as mudanças socioeconômicas também chamam atenção.
De fato, o futuro da agricultura brasileira só se saberá vivenciando o seu dia a dia. Contudo, para visualizar melhor todas essas possibilidades, sejam positivas ou negativas, era preciso dar o pontapé inicial: entender o que é a agricultura.
Agora, você pode entender de forma simplificada e direta o que acontece com economia do país inteiro. Afinal, o futuro da agricultura é o futuro da economia do Brasil.
Sustentabilidade na agricultura
O que é agricultura sustentável e como funciona pode ser representado por uma definição clara e objetiva. É o que faz o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A USDA utiliza uma definição de Greg McIsaac que diz o seguinte:
Agricultura sustentável é uma filosofia baseada nos objetivos humanos e no entendimento do impacto de longo prazo das nossas atividades no meio ambiente e em outras espécies. O uso dessa filosofia guia nossa aplicação da experiência prévia e dos mais recentes avanços científicos para criar sistemas agrícolas integrados, que conservem recursos e sejam equitativos. Esses sistemas reduzem a degradação ambiental, mantêm a produtividade agrícola e promovem a viabilidade econômica tanto no curto quanto no longo prazo, e mantêm comunidades rurais estáveis e qualidade de vida.
A água
A conservação da água não é vital só para a vida humana no geral, mas para a própria conservação da agricultura.
O que os especialistas observam é que ela acaba se transformando num fator limitante quando mal utilizada. Por isso, seu uso e seu abastecimento devem ser olhados com cuidado. Algumas práticas da agricultura sustentável nesse quesito:
- Melhorar a conservação da água
- Utilizar sistemas de irrigação de volume reduzido
- Cuidar da perda de água na colheita
- Incentivar o crescimento de espécies que necessitem de menos água
- Criar incentivos públicos (governamentais) para a utilização de tecnologias sustentáveis
A energia
Outra questão de vital importância é o aspecto energético. Sabemos que, por exemplo, o petróleo é bastante nocivo ao meio ambiente. Mas o que fazer, nestes casos?
Nesta questão, mesmo o Brasil pode ser considerado um exemplo interessante. Os biocombustíveis reduzem sobremaneira na redução do efeito estufa. Além disso, mais de 40% da energia do país tem esta origem, com 29% na agricultura, de acordo com o Ministro da Agricultura Blairo Maggi.
O solo
Com relação ao solo, o maior problema pode ser considerado a sua erosão. Isto é, inclusive, auto limitante, prejudicando até mesmo a capacidade de produção agrícola.
Na agricultura sustentável, manter o solo em boas condições significa melhorar os sistemas de irrigação e ter o solo coberto por plantações ou adubo.
O ar
Temos mais um componente em que a poluição pode ser um problema minimizado. É o caso do ar. O fundamental é administrar as plantações de modo que diminua a liberação de gases nocivos ao meio ambiente, bem como a utilização apenas essencial de produtos que possam ter o mesmo efeito negativo.
A produção
Por fim, podemos resumir muito disto apontando medidas de produção adequadas para a agricultura sustentável. Elas utilizam abordagens distintas, de modo que respeitem cada um dos aspectos anteriormente citados.
São estratégicas tecnológicas. Elas devem respeitar a topografia, o clima, o solo, os pesticidas, a viabilidade local e toda uma série de características. Novamente de acordo com a UCDAVIS, são as seguintes:
- Seleção e uso de espécies que se adaptam ao local e às condições da fazenda
- Diversificação da produção (para gerar estabilidade biológica e econômica da produção)
- Uso eficiente das informações obtidas nas fazendas (agricultura de precisão)
- Utilização das práticas de promoção de água, energia, solo e ar
Pulverização agrícola
Controlar os gastos da sua lavoura para obter o máximo de resultados é um dos objetivos principais de todo produtor rural. A pulverização agrícola, uma das principais atividades durante uma safra, é tema de interesse de todo agricultor antenado.
Escolher a melhor maneira de executá-la requer muito cuidado. Não só os melhores defensivos agrícolas têm que usados, mas também o melhor método deve ser escolhido.
Esse artigo completo explica melhor sobre os diferentes tipos de pulverizadores agrícolas.
Defensivos agrícolas
Embora haja uma crescente das vertentes de produção orgânica e uma preocupação cada vez maior com os impactos dos defensivos ao meio ambiente, a agricultura moderna, em larga escala, ainda exige o uso de todas as ferramentas que possibilitem a produção de alimentos.
Nesse aspecto, os “defensivos agrícolas são produtos de processos físicos, químicos ou biológicos utilizados na produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, pastagem e proteção de florestas visando alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos.”
Esse artigo fala sobre os defensivos agrícolas
Manejo integrado de pragas
O manejo integrado de pragas não consiste na eliminação de pragas da lavoura, mas, sim, na manutenção em níveis abaixo daqueles que causam danos econômicos.
Além do uso de agroquímicos, o uso de técnicas de poda e raleio de tecidos vegetais atacados, uso de pano, iscas com feromônios, uso de inimigos naturais são métodos alternativos que contribuem para a preservação ambiental e a manutenção da eficiência das cultivares transgênicas e moléculas de inseticidas.
Esse artigo fala sobre o manejo integrado de pragas
Tecnologias na agricultura
1. GPS Agrícola
O GPS agrícola não só facilita o trabalho do agricultor, mas também faz com que esse esforço seja mais preciso e com que os resultados sejam melhores.
Essa tecnologia de satélite, pioneira para a agricultura de precisão, permite com que o produtor ligue seu trator e comece a trabalhar literalmente a qualquer momento.
2. Dispositivos Móveis na Agricultura
Os dispositivos móveis mudaram as formas de interação entre as pessoas e as formas de trabalho. É praticamente impossível imaginar viver hoje em dia sem um celular.
Receber e controlar as informações do campo sempre foi importante, mas, com as novas tecnologias, fica cada vez mais significativo fazer com que essas informações cheguem em tempo real ao produtor. Os dispositivos móveis conseguem cumprir muito bem essa função.
3. Robótica na Agricultura
Mesmo estando disponíveis na agricultura nas mais diversas a atividades, a tecnologia no campo mais conhecida e bem sucedida até hoje para a robótica é a utilização de máquinas autônomas, controladas remotamente por telemetria.
Um exemplo é a tecnologia da empresa Fendt, do mesmo grupo da Massey Fergusson e da Valtra, lançada nos Estados Unidos em 2011.
Essa tecnologia conecta duas máquinas por sinais de GNSS e faz com que uma máquina siga a outra com uma distância de segurança. Assim ela permite que apenas um motorista controle duas máquinas.
As novas tecnologias no campo para a irrigação conseguem economizar água, tempo, combustível e o desgaste nos veículos. Cada vez mais os agricultores conseguem integrar os dados de umidade e meteorológicos para aplicação da rega de taxa variável (VRI).
5. Internet das Coisas na Agricultura
A Internet das Coisas (IoT) tem sido um tema muito discutido nos últimos anos. Simplificadamente definida pela conexão de aparelhos gerando uma rede de informações úteis ao usuário, essa tecnologia já vem sido usada há muito tempo em outras áreas, e a agricultura não ficou para trás.
Sendo um dos pilares para a agricultura de precisão, a Internet das coisas consegue integrar diversas informações do campo, como:
- Localização geográfica
- Previsões meteorológicas
- Dados do solo
- Dados das máquinas em atividade
Com esses dados, dependendo da necessidade do solo ou da máquina, ou mesmo da previsão meteorológica, o agricultor consegue tomar decisões mais rápidas que impactam diretamente nos resultados.
6. Drones na Agricultura
O uso de drones na agricultura se torna cada vez mais comum, e com diferentes aplicações para o produtor.
Os drones para pulverização conseguem mapear a topografia do solo através de um sistema de lasers e ultrassom e regular sua altitude de vôo.
Os drones para mapeamento aéreo são outra aplicação dos drones na agricultura.
Equipados com o sistema NDVI (Normalized Difference Vegetation Index), os drones para mapeamento aéreo conseguem, por exemplo, realizar a contagem de plantas e identificação de falhas nas linhas de plantio.
A utilização de drones é uma das opções do georreferenciamento, e diversas empresas de georreferenciamento já usam desse maquinário para fazer o serviço.
7. Satélites na Agricultura
As imagens de satélite são as imagens obtidas pelos sensores fixados nos satélites. Existem diversos tipos de imagens de satélite. As mais comuns, como as do Google Earth captam uma faixa muito pequena do espectro, o que faz as imagens serem muito parecidas às do olho humano.
Já as imagens espectrais, permitem uma melhor análise das informações. Essas imagens permitem captar faixas do espectro invisíveis ao olho humano, como infravermelha. Elas permitem algumas análises mais técnicas, como a climática e NDVI, por exemplo.
Apesar de não ser a ferramenta mais adequada para produtores rurais, o Google Earthé muito bom para visualização. Uma das ferramentas interessantes, pela rapidez e praticidade, é a medição de área.
Por não ter imagens espectrais, o Earth torna-se limitado para análises técnicas. Apenas ferramentas especializadas em agricultura serão realmente úteis para esse fim.
Além disso, as imagens não são atualizadas com tanta frequência, impedindo assim uma visualização do estado atual de uma lavoura, por exemplo.
O uso das imagens de satélite na agricultura para o monitoramento da safra é uma das formas de aplicação da tecnologia para tomada de decisão. Alguns índices ajudam na medição de vegetação, umidade e até no controle de pragas com um menor gasto de defensivos agrícolas.