

Sâmila Delprete | Tecnologia no Campo
Há um antigo ditado que diz que “o olho do dono é que engorda o boi”. Este ditado está correto, pois quando o pecuarista torna-se conhecedor da realidade de sua propriedade, o mesmo se empenha em encontrar alternativas para aumentar a produtividade e o lucro.
Pensando nesse cenário, em que o controle de gado é um fator crucial para a fazenda, é fundamental que o produtor anote informações que o auxiliarão na tomada de decisões estratégicas. A coleta de dados para realizar o controle do gado é um dos fatores indispensáveis para o sucesso da atividade para estar dentro da pecuária de precisão.
Contudo, o que anotar? Pensando nisso, o Tecnologia no Campo tem 5 dicas de Escrituração Zootécnica para te dar!
Fonte: Beef Magazine
O termo Escrituração Zootécnica é composto por duas palavras importantes ao se trabalhar com bovinocultura e pecuária.
Escrituração vem do verbo escriturar, que quer dizer, anotar. Zootécnica, remete à Zootecnia, a ciência da produção animal em seus mais complexos sistemas, como a nutrição, o manejo, a reprodução, a bioclimatologia e a administração rural.
Desta forma, Escrituração Zootécnica refere-se a anotação dos dados referentes à produção animal, para serem utilizados posteriormente na tomada de decisões estratégicas.
Proceder o controle pecuário eficientemente é indispensável por vários motivos, como:
Sem o controle, é impossível mensurar o sucesso ou não da atividade, e em caso negativo, propor ajustes.
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A Escrituração Zootécnica pode ser comparada a um mapa de atividades, onde cada índice vai proporcionar um retorno, revelando se você está indo no caminho correto ou não.
Anote, por exemplo:
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O mercado tem inúmeros programas de gerenciamento de propriedades. Os softwares possuem várias formas de entrada de dados, controle de níveis de utilização da informação, assim como apresentam preços variados.
Segue abaixo exemplo de informações que podem ser obtidas a partir de um software de gestão para pecuária de corte:
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O rebanho pode ser controlado de duas formas: individual ou por lotes. Ambos são muito importantes.
Como o próprio termo revela, o controle individual é realizado o monitoramento animal por animal da propriedade. Cada animal deve possuir uma ficha onde serão anotadas suas características e desempenho.
As informações monitoradas geralmente são ganho de peso, produção leiteira, intervalo de partos, aplicação de medicamentos, etc. Dados que possibilitem avaliar o desempenho de cada animal separadamente.
Ao depararmos com dificuldade de anotação e mensuração de informações individuais, podemos fazer o uso dessas informações por lote, como por exemplo consumo de alimento.
O controle por lote também permite diversas análises comparativas entre os animais e seus resultados, como o custo por arroba vendida e margem de lucro por cabeça.
Resumindo, o controle dos animais deve ser específico ao objetivo do produtor. Deve propiciar dados de produção que sejam importantes para as tomadas de decisão.
O controle individual permite um maior detalhamento das informações, porém, aumenta o custo de gestão. Tem grande valia para a rastreabilidade e melhoramento genético dos animais.
Por outro lado, o controle por lotes apresenta menor custo de gestão e tem vantagens em relação ao planejamento e tomada de decisões estratégicas, principalmente a longo prazo.
Tão importante como anotar bem as informações, é a utilização destas para monitorar e alavancar a atividade.
O papel do consultor, um profissional especializado na área, é orientar o pecuarista nas tomadas de decisões, indicar tecnologias dentro da realidade da propriedade em busca de maior lucratividade, observando o melhor custo x benefício.
É papel do pecuarista, juntamente com seu consultor, determinar as metas a serem alcançadas.
O planejamento da atividade deve ser realizado considerando a individualidade de cada propriedade e produtor. Por meio dos índices zootécnicos advindos da Escrituração Zootécnica, pode-se verificar se o plano de ação está sendo cumprido e se as metas preestabelecidas estão sendo alcançadas.
Esta etapa deve ocorrer com frequência e de forma contínua.
Por isso, é importante possuir um sistema de anotações e registros das atividades da propriedade. Isto permite que desvios no plano de ação ou algo que esteja prejudicando o alcance das metas seja rapidamente corrigidos.
O próximo passo é a ação corretiva em si, quando necessária. Esta etapa visa solucionar os problemas identificados na verificação ou decidir se as ações prosseguirão da mesma forma. Depois deste ponto, o ciclo PDCA (planejar, executar, verificar/checar e corrigir) se reinicia.
Os passos descritos são fundamentais, pois passamos a conduzir o negócio (pecuária de corte ou leite) como uma empresa, de modo a contribuir com as melhorias do processo, o que reflete diretamente no resultado econômico da atividade.
Seguem abaixo algumas vantagens em se realizar o controle do gado (Escrituração Zootécnica):
Peter Drucker
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