Identifiquei 6 tecnologias reprodutivas que terão o maior impacto sobre a reprodução nas explorações leiteiras daqui para frente. Estas tecnologias reprodutivas, foram selecionadas por apresentarem-se cada vez mais presentes no campo. Sendo ferramentas ainda em desenvolvimento, que com certeza terão o uso acentuado nos próximos anos.

Eu acredito que nosso futuro das tecnologias reprodutivas dentro da indústria do leite  parece brilhante e excitante! Principalmente, na área de monitoramento da atividades.
Essas ferramentas de gerenciamento inovadoras já causam impacto no setor. Eles fornecem uma riqueza de informações oportunas que nos permitem maximizar a eficiência e a precisão dos funcionários. Eu só vejo seu uso aumentando em todo o rebanho nacional, e estas tecnologias continuarão a melhorar e adicionar recursos cada vez mais valiosos.

Genômica

        Os testes genômicos aos quais temos acesso hoje também serão usados em mais animais e mais rebanhos daqui para frente. Principalmente, quanto a eficácia, essas ferramenta para maximizar o desempenho reprodutivo só tendem a melhorar.
        Historicamente, as tecnologias reprodutivas usadas por estes testes tem sido limitada. Porém, mais e melhores dados reprodutivos serão incorporados a esses testes genômicos, o que melhorará ainda mais nossos ganhos genéticos relacionados à reprodução. E também, em relação ao preço, que com o aumento da sua utilização nos rebanhos brasileiras se torna cada vez mais acessível.

Testes de gravidez

        O uso de ultrassonografia e dos testes de gravidez, de sangue ou leite, aumentou nos últimos anos, com relação à palpação. No entanto, até o momento, este diagnóstico não tem sido explorado ao seu máximo, ocorrendo de forma confiável não antes de 30 dias após a fecundação.
        O problema provém principalmente dos baixos níveis do verdadeiro marcador da gravidez, o interferon, que é produzido pelo feto.
        Devido a esses baixos níveis, não há teste comercial que possa medir o interferon fora do útero. Porém, à medida que a tecnologia melhora, devemos ser capazes de detectar esses níveis mais baixos no sangue ou leite. E também, ser capazes de identificar vacas prenhas cerca de 10 dias mais cedo do que atualmente.

Melhores hormônios reprodutivos.

        Também prevejo inovações adicionais em nossos hormônios reprodutivos, como o desenvolvimento de hormônio leutinizante recombinante (LH) e hormônio folículo estimulante recombinante (FSH).
        O LH recombinante causa a ovulação e substituirá o GnRH. Atualmente, o FSH que usamos para a superovulação é colhido do cérebros de animais abatidos, o que não é o ideal. E assim, ao usar um FSH recombinante puro, eliminamos os problemas de segurança e também podemos ver melhor as resposta ao FSH.

Transferência de embriões por grandes laticínios.

        A transferência de embriões sempre desempenhou um papel importante em nosso setor, mas principalmente em pequenos rebanhos registrados. À medida que a tecnologia melhora para a produção de embriões, o custo cairá e a fertilidade aumentará para tornar seu uso em grandes laticínios comerciais uma opção viável. Juntamente com nossos testes genômicos, podemos melhorar muito os ganhos genéticos dentro de um rebanho e potencialmente melhorar a fertilidade.
        Essa tecnologia também podem fornecer um meio de aumentar o valor de bezerros não destinados a reposições no rebanho. Somando a isso, a eliminação do nosso problema com bezerros indesejados.

Sistemas de monitoramento de leite.

        Os sistemas de monitoramento em linha já estão em uso em pequena escala e podem ajudar a gerenciar as vacas com mais precisão. Esses sistemas nos permitem testar automaticamente o leite de vacas durante a ordenha para hormônios como progesterona. Tais informações podem ser usadas para tomar melhores decisões reprodutivas.
        No futuro, esses sistemas adicionarão mais e melhores marcadores reprodutivos para testes. E como todas as tecnologias, seu preço cairá a um ponto em que serão utilizados pelas propriedade de todos os tamanhos.