

Responsáveis por boa fatia dos custos de produção e perdas de produtividade, a presença de pragas em lavouras é sinônimo de desperdício de dinheiro, insumo e mão de obra.
Por isso, o controle de pragas deve ser uma estratégia de manejo muito bem estruturada e planejada. De maneira que seja realizada ainda no início das infecções, pois assim, os custos para o controle e danos às culturas serão menores.
Pragas agrícolas são organismos capazes de causar danos à produção da lavoura: insetos, doenças e plantas daninhas. Normalmente, os danos podem impactar o rendimento ou a qualidade do produto a ser consumido, ocasionando prejuízos financeiros.
De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Embrapa, as principais pragas que atacam a lavoura são:
A técnica mais utilizada no mercado para combater as pragas agrícolas é o controle químico, ou seja, usar agrodefensivos. Contudo, outros métodos têm sido desenvolvidos e aplicados nas lavouras para complementar e reduzir o uso de defensivos. Entenda abaixo cada tipo de controle!
No controle de pragas químico são aplicados diferentes produtos químicos com o intuito de matar as pragas com mais praticidade.
Conhecidos como pesticidas, esses compostos químicos são capazes de eliminar as pragas, ao serem aplicados direta ou indiretamente sobre a área afetada. Em suma, eles podem ser classificados como fungicidas, inseticidas, herbicidas, bactericidas e etc.
O inseticida, por exemplo, é o método de controle de pragas preferido dos agricultores. Por esse motivo, separamos algumas vantagens:
Entretanto, mesmo com sua rápida e eficiente ação, o uso desses produtos vêm sendo reduzido. Isso porque, na maioria das vezes, ocasionam o desenvolvimento de populações resistentes do inseto, promovem controle temporário, desequilíbrio biológico, ressurgência ou aparecimento de novas pragas, efeitos prejudiciais ao homem e outros animais, além de possuir um custo alto.
Assim sendo, recomenda-se utilizar desse manejo apenas quando a praga estiver em níveis populacionais críticos ou chegar a danos que justifiquem o custo do tratamento e os riscos ao meio ambiente e ao homem.
O controle biológico de pragas é um método que utiliza de inimigos naturais para matar e controlar as pragas, ou seja, não prejudica ou representa qualquer ameaça ao meio ambiente ou às pessoas.
Os inimigos naturais são divididos em três grupos:
Esse método baseia-se principalmente em relações naturais como: parasitismo, herbivoria, predação, etc. Além do mais, não existe resistência das pragas perante o método de controle biológico.
Resumidamente, existem três métodos de controle biológico: clássico, de conservação e de aumento.
Apesar de ser seguro, o controle biológico introduz outro organismo ao ambiente natural, o que pode ocasionar outros problemas. E mais, mesmo auxiliando na redução dos níveis de pragas, ele não elimina completamente como o controle químico. O ideal é combinar ambos os controles de uma maneira que não cause danos ao meio ambiente e a saúde humana.
O controle de pragas cultural consiste na estratégia de tornar a cultura ou o habitat inóspito para as pragas, para então reduzir a sua incidência. Assim sendo uma forma de controle sem a aplicação de produtos, sejam eles de origem química, orgânica ou biológica.
Estratégias de manejo cultural pode e devem ser adotados em todas as propriedades agrícolas, desde que trabalhando as práticas de maneira adequada. Dentre elas, as mais comuns são:
– Aração do solo: preparar o solo através de operações de aração e gradagem desfazem o habitat de alguns insetos habitantes do solo, como os corós. Por consequência, reduzindo a população dessas pragas.
– Época de semeadura e colheita: atrasar ou antecipar os períodos de semeadura e colheita pode favorecer a sua cultura, isso porque estará aproveitando as épocas de menor ocorrência de pragas, em função das condições climáticas serem desfavoráveis ao seu desenvolvimento.
– Rotação de culturas: esse controle utiliza da “quebra” do ciclo de desenvolvimento das pragas, já que retira a cultura hospedeira principal, para reduzir as perdas. Essa prática é eficiente quando a rotação incluir plantas de famílias botânicas diferentes, uma vez que modifica o complexo de pragas a cada safra.
– Densidade de plantio: alguns insetos-pragas são beneficiados por microclimas quentes e úmidos, constantemente obtidos através do adensamento de plantas. Neste caso, o ideal é aumentar a densidade de plantio, permitindo que mais luminosidade entre no dossel da lavoura, para assim, ocorrer o controle das pragas.
– Manejo de plantas daninhas: a eliminação de plantas daninhas funciona como um controle de pragas indireto, pois diversas pragas agrícolas sobrevivem de uma safra para a outra parasitando plantas daninhas, funcionando como hospedeiros alternativos para insetos. Assim, ao fazer o manejo dessas plantas, você reduz a oferta de alimento e abrigo das pragas.
O controle de pragas físico é um método que necessita de um conjunto de práticas específicas, visto que não pode ser aplicada em todos os sistemas de produção de plantas. Separamos as mais utilizadas na agricultura, confira!
– Barreiras físicas: possuem o papel de dificultar o acesso dos insetos-pragas as culturas, ou seja, são plantadas espécies específicas de vegetais na direção dos ventos predominantes, instaladas telas de proteção ou utilizada embalagens de frutos para protegerem a cultura do ataque de pragas.
– Temperatura: bastante utilizado em grãos de armazenamento e frutos destinados à exportação, o controle de temperatura tende a matar ou paralisar o desenvolvimento de alguns organismos danosos. O ideal é o tratamento de temperaturas acima de 45ºC ou abaixo de 4ºC, variando de acordo com a cultura.
– Fogo: é o controle de pragas de maior eficiência, contudo é extremamente agressivo. Ele elimina completamente as pragas e o seu habitar, não deixando resíduos químicos, apesar disso, elimina os organismos benéficos e inimigos naturais, além de aumentar a degradação do solo.
O sucesso da produção agrícola depende da união de diversos fatores que se conectam para produzir rendimentos precisos e rentáveis. O gerenciamento eficaz de pragas é um dos componentes-chaves, afinal esses organismos podem gerar grandes danos a cultura, podendo dizimar toda uma colheita.
Por isso, os agricultores dependem fortemente de estratégias e tecnologias eficientes para localizar infestações nos primeiros estágios e minimizar possíveis danos. Separamos algumas empresas que possuem tecnologias disruptivas para ajudar diversas culturas.
Fundada em 2013, a plataforma agrícola inteligente da Fieldin ajuda os agricultores a gerenciar e otimizar aplicações de pesticidas, atividades de colheita e outras operações críticas de campo. Sua equipe aproveita a intuição e a experiência do agricultor com ciência de dados para criar transparência, rastreabilidade e colaboração na fazenda.
A Terramera é uma empresa de tecnologia limpa de agricultura sustentável, com sede em Vancouver, que cria tecnologias revolucionárias que podem resolver alguns dos maiores problemas do mundo.
Fundindo natureza e inteligência artificial, a agtech transforma como os alimentos são cultivados e a economia da agricultura para proteger as plantas e a saúde humana.
A plataforma Semios combina módulos e gateways de RF com um sistema que detecta quando as pragas estão se reproduzindo, ajudando os produtores a avaliar e otimizar sua resposta perante as pragas em tempo real. A Semios é líder em soluções de big data e análise preditiva para culturas permanentes, incluindo vieiras, nozes e frutos de árvores.
Cadastre-se para receber os nossos conteúdos por e-mail.