

Não é novidade para ninguém que há um número imenso de práticas agrícolas e uma das mais conhecidas é, sem dúvidas, a Agricultura Itinerante.
Isso porque ela é utilizada, sobretudo, nos países chamados em desenvolvimento, como aqueles que ficam localizados na América Latina, América Central e Ásia.
Atualmente, a Agricultura Itinerante também é bastante utilizada como uma forma estratégica de manter as atividades agrícolas de subsistência.
E para você conhecer e saber mais sobre essa prática tão comum ao redor do mundo, preparamos um conteúdo completo. Confira o que você vai encontrar neste artigo:
Antes de explicar o que é Agricultura Itinerante é preciso lembrar que existem quatro grandes categorias de práticas agrícolas no Brasil. São elas:
Nesse contexto, a agricultura itinerante, também tradicional, é aquela que desmata alguns trechos de florestas para, em seguida, atear fogo. Essa é uma maneira de “limpar” a área. São as chamadas queimadas.
Essa é uma forma de preparar o terreno, sobretudo, para a agricultura de subsistência. A questão é que nessa prática, o terreno se torna fértil por 2 ou até 3 anos. Em seguida, o terreno é, simplesmente, abandonado.
O que acontece depois? Busca-se outra área para fazer a mesma coisa.
Em geral, o agricultor não é o dono do terreno, mas detentor temporário dessa área.
Outra característica importante é que, nesses casos, não há tecnologia ou pessoas para trabalhar com a área. Por isso, é mais comum que essa prática agrícola seja realizada em pequenas ou áreas médias.
Uma das polêmicas em relação a AI é seu uso descontrolado, inclusive no que diz respeito às técnicas, fazendo com que a sustentabilidade e o meio ambiente fiquem em segundo plano.
A mão de obra, em geral, é rudimentar e familiar. Há, infelizmente, os casos que utilizam mão de obra infantil também.
Apesar de não haver nenhum tipo de ponto que justifique a prática ou que possa ser considerado como vantagem, é preciso ter em mente que essa é, ainda, a realidade de muitos pequenos e médio agricultores, sobretudo aqueles que lidam com a agricultura familiar.
Além dos desconfortos apresentados anteriormente, na AI o manejo do solo também não é feito de maneira mais adequada. Nesse sentido, técnicas como adubação, construção de trechos de água e outros manejos fundamentais são pouco adotados.
Com as queimadas e o aumento do nitrogênio no solo, há um aumento significativo na produtividade. Entretanto, isso dura pouco tempo e logo o solo se torna fraco e improdutivo, impactando diretamente na qualidade dos produtos cultivados.
Como dissemos na introdução deste artigo, países em desenvolvimento, em geral da América Latina, América Central, Sudeste Asiático, Ásia Central e Áfricas.
Em determinados países, atualmente, esse tipo de prática agrícola tem perdido força. Isso ocorre, inclusive, pelo respeito às legislações, normas e avanços tecnológicos.
Mas a tecnologia ainda não é algo “democratizado” em determinados países, dificultando as atividades dos pequenos e médios agricultores. Até isso acontecer, infelizmente, cenas de queimadas e degradação do meio ambiente serão comuns.
Quando se fala em Agricultura Itinerante, um dos assuntos mais polêmicos está relacionado à Amazônia.
Eliseu Alves, pesquisador e assessor do diretor-presidente da Embrapa, escreve um artigo fundamental sobre as atividades na região amazônica.
No artigo, Alves discute as alternativas que sejam capazes de alinhar a valorização das atividades de desenvolvimento da agricultura e, ao mesmo tempo, tenha como objetivo a sustentabilidade:
“É melhor ter a discussão centrada no desenvolvimento da agricultura com preservação do meio ambiente. Por que não estabelecer pólos e neles resolver os problemas de infra-estrutura, distribuição de fertilizantes, máquinas, equipamentos, assistência técnica, industrialização e venda de produtos? Por que não mudar a retórica da punição para a do desenvolvimento, com preservação, retórica está tão esquecida hoje?”
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