A Fazenda Vertical e sua importância para o futuro da agricultura

A Fazenda Vertical e sua importância para o futuro da agricultura

Conforme a população do mundo cresce, é necessário e natural que aconteçam transformações. E sabemos que uma dessas mudanças acontecem no agronegócio, com a criação e implementação de novas tecnologias, leis e processos, assim surge a Fazenda Vertical.

Uma dessas novas criações é a fazenda vertical, que está obtendo cada vez mais reconhecimento mundial por conta de seus excelentes resultados. Isso, principalmente se levarmos em consideração a importância da economia de espaço que essa tecnologia provê. Vamos falar sobre isso mais a frente. 

Então, se você se interessou pelo tema e gostaria de saber exatamente o que é essa tecnologia, sua real importância para o futuro da produção e quais são os tipos que podem ser implementados no seu agronegócio, continue a leitura e entenda!

O que é uma Fazenda Vertical?

A fazenda vertical, também conhecida como horta ou agricultura vertical, é um conceito de cultivo de plantas dentro de camadas verticais, ou “edifícios”, podendo ser de poucos ou vários andares.

Muitas vezes, essas estruturas são chamadas de farmscrapers, que é um termo proveniente do inglês skyscraper (arranha-céus). O processo de produção nesses “edifícios”, então, funcionaria como se fossem grandes estufas tecnológicas facilitando o crescimento e produção das plantas.

A produção nessas estruturas é intensificada por conta do aproveitamento do espaço aéreo sobre o solo. Isso significa que uma maior quantidade de culturas podem ser produzidas num determinado espaço.

Na fazenda vertical, toda a produção é feita de maneira protegida, pois tudo é controlado: desde a iluminação, água e temperatura até os nutrientes e produtos químicos que são inseridos.

Além disso, é possível, numa fazenda vertical, aproveitar qualquer espaço, como contêineres e estufas verticais. 

História da Fazenda Vertical

A primeira fazenda vertical criada foi em 2012 em Cingapura, onde foram construídas 120 torres com vários andares. Nelas, foi criado um sistema que garante para a planta, luz solar, irrigação e nutrientes de forma equilibrada. Ele pode ser chamado de “sistema rotativo”.

A partir daí, várias outras fazendas verticais foram construídas e aprimoradas ao redor do mundo. Comercialmente, a Suíça, Japão, Holanda, Estados Unidos, Canadá e Suécia já estão utilizando essas estruturas. 

Entretanto, aqui, no Brasil, o uso de fazendas verticais começou a ser discutido recentemente pelo meio acadêmico. Sendo assim, poucos experimentos práticos foram produzidos até então (sem objetivos comerciais).

Importância da Fazenda Vertical para o futuro da produção no campo

O idealizador dessas instalações foi Dickson Despommier, que via essa instalação como um mecanismo capaz de ajudar a reduzir a fome ao redor do mundo, que tem tido um exponencial aumento na sua população ao longo dos anos. 

De acordo com ele, alterar a maneira de usar a terra da forma horizontal para a vertical possibilitaria a redução do uso de energia e da poluição, que, querendo ou não, fazem parte de qualquer processo de produção (inclusive da agricultura).

Inclusive, os defensores das fazendas verticais citam a importância da integração de tecnologias renováveis (como painéis solares, turbinas eólicas, sistemas de captura de água, etc) para diminuir os impactos do agronegócio na natureza. 

Despommier também afirma que a tecnologia para construir as fazendas verticais em escala global existe e que esse sistema pode ser bastante rentável e eficaz para os produtores que aderirem à ele. Isso, além do mais, é evidenciado por algumas pesquisas que foram feitas de maneira preliminar à construção dessas estruturas. 

Quais os tipos?

As fazendas verticais variam de tamanhos e formatos, podendo ir desde dois andares até sistemas montados em grandes espaços, com vários andares. Entretanto, todas as fazendas verticais utilizam um tipo específico de processos para prover nutrientes para as plantas; e eles são: hidropônicos, aeropônicos ou aquapônicos. Então confira, a seguir, esses três sistemas mais detalhadamente. 

Hidropônica

Esse é o sistema de cultivo mais utilizado nas fazendas verticais. O sistema hidropônico consiste no processo do cultivo de plantas em soluções com nutrientes sem a utilização de solo (terra). Isto é, as raízes da planta são submergidas na solução cheia de nutrientes, que é regularmente monitorada para assegurar que a composição química está sendo mantida de forma adequada.

Aeropônica

O método de cultivo aeropônico foi desenvolvido pela National Aeronautical and Space Administration (NASA). 

Nos anos 90, a NASA estava interessada em encontrar meios eficientes de produzir plantas no espaço e cunhou o termo “aeropônico”, conceito que é definido como “cultivo de plantas em ambiente aéreo sem solo e com pouca água”

Apesar de ser pouco utilizado, esse sistema apresenta um benefício muito valioso: é uma estrutura eficiente e que utiliza até 90% menos água do que os sistemas hidropônicos. 

Aquapônica 

Um sistema aquapônico une plantas e peixes no mesmo ecossistema. Os peixes são criados em lagoas, produzindo resíduos ricos em nutrientes que são usados como fonte nutritiva. E as plantas, por sua vez, filtram e limpam a água que os peixes estão.

Por fim, podemos perceber que esse tipo de estrutura, por sua maneira eficaz de aproveitar o espaço e de nutrir as plantas, é capaz de se tornar um sistema totalmente eficiente de sustentabilidade. Além disso, poderá fornecer alimento para uma população crescente ao redor do mundo.

Se você se interessou pelo nosso artigo e gostaria de entender mais sobre novas tecnologias para implementar na sua produção, recomendamos também a leitura do nosso texto sobre Smart Farming!

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