Belos, inteligentes, com um temperamento maravilhoso, versátil e super resistentes. Esses são o Mangalarga Marchador, uma das raças de cavalos brasileiras mais queridas.
Você conhece algum cavalo que não trota? Então a partir de agora você conhece, já que o Mangalarga Marchador não trota. E não, você não leu errado!
De qualquer forma, ele é um cavalo encantador! Conheça mais sobre essa raça nacional!
História do Mangalarga Marchador
O Mangalarga Marchador é um cavalo tipicamente brasileiro e bastante comum, com mais ou menos meio milhão de animais em todo o país.
Sua descendência é praticamente real, já que vieram dos Alter Real como estoque para guerras junto à coroa portuguesa, fugindo dos exércitos de Napoleão logo no início do século XIX.
Instalado no Brasil, o Barão de Alfenas, passou a criar cavalos na famosa Fazenda Campo Alegre. Lá, haviam cavalos de raça Lusitana, Espanhola, Andaluz, entre outros. Mas a origem do Mangalarga Marchador surge mesmo quando D. Pedro I deu ao Barão de Alfenas um garanhão Alter Real.
O primeiro cavalo foi desenvolvido em 1740. Nesse sentido, os primeiros descendentes do Alter Real tinham passos muito suaves, cadenciados e rítmico. Portanto, passaram a ser conhecidos como Mangalarga. Com sua marcha super valorizada, não demorou muito até ganhar seu segundo nome “Marchador”.
Como, naquela época, as viagens a cavalo eram comuns, os passos suaves e a resistência do Mangalarga Marchador, eles foram muito requisitados.
A Associação Mangalarga Marchador
Em 1949, alguns criadores decidiram fundar a Associação dos Mangalarga Marchador no Parque de Exposições da Gameleira, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. A ABCCMM é a maior entidade de cavalos de uma mesma raça na América Latina.
O objetivo da associação era estabelecer padrões específicos e acompanhar a linhagem desses cavalos.
Desde então, já foram mais de 600.000 animais registrados na ABCCMM. Além do Brasil, a Europa possui uma população significativa de cavalos dessa raça.
Atualmente, são mais de 18 mil associados ativos. A Associação é tão consolidada que possui até mesmo um programa televisivo, chamado Mangalarga Marchador TV (MMTV), transmitido no Canal Rural aos domingos, entre as 19h e as 20h. Além disso, há também uma revista oficial que está em sua 89ª edição.
Curiosidades da Raça
Além de ser uma raça de origem brasileira, confira outras curiosidades do Mangalarga Marchador:
- Existem dois andamentos do Mangalarga, a marcha batida e a marcha picada.
- Em 19 de maio de 2014, a presidenta Dilma Rousseff declarou os Mangalarga Marchador como raça nacional, através da Lei nº 12.975.
- Uma das versões sobre o nome Mangalarga é que está relacionada à fazenda Mangalarga, que fica em Pati dos Alferes, no Rio de Janeiro.
Mangalarga Marchador: características
Os Mangalarga não são grandes, eles são considerados médios. Os machos podem medir até 1,57m e as fêmeas cerca de 1,54m.
Eles possuem temperamento dócil e são bem ativos.
Suas cabeças são triangulares, com olhos grandes e escuros. Ao mesmo tempo, possuem orelhas sempre eretas e com a ponta para dentro. Seu pescoço costuma ser arqueado e musculoso, assim como suas pernas.
Suas cores mais comuns são:
- Preto
- Branco
- Marrom
- Castanho
- Pardo
- Champagne
Os cavalos de raça Mangalarga Marchador também são bastante utilizados para gado, equitação, esporte e transporte. São excelentes nos saltos e podem ser facilmente treinados, já que se destacam por sua inteligência.
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Campeonato Brasileiro de Marcha Batida
Que a Associação Mangalarga Marchador é consolidada e bastante conhecida, isso não é mais novidade. O que muita gente ainda não conhece, ou não sabe muito bem sobre o que se trata, é o Campeonato Brasileiro de Marcha Batida.
O evento é organizado pela ABCCMM e é uma das competições mais importantes dessa raça de cavalo. São mais de 1000 animais participantes.
A competição é emocionante e linda de ver. Os Mangalarga Marchador possuem um passo elegante e muito, mas muito bonito de se ver.
Nem a pandemia conseguiu parar o evento. Em 2020, o Campeonato foi realizado em Tietê, interior de São Paulo, no Haras Raphaela, com todos os protocolos de segurança e saúde sanitárias rigidamente respeitados.
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