Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro): é o índice que mensura, por meio de entrevistas com produtores agropecuários, a percepção econômica em geral, do Brasil e do estado. Além da condição específica do negócio, das indústrias e cooperativas que atuam nos diferentes elos da cadeia. Essa divulgação é feita trimestralmente.
Nesta quinta-feira, 13, foi divulgado pela Fiesp e pela CropLife Brasil o Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro). O 2º trimestre de 2020 fechou em 111,7 pontos, com alta de 11,3 pontos em relação ao primeiro trimestre.
O resultado demonstra que o ânimo do mercado do agronegócio brasileiro está em processo de recuperação, após o choque causado pela pandemia de Covid-19 . Segundo a metodologia do Índice, resultados acima de 100 pontos determinam otimismo no setor, resultados inferiores a isso indicam pessimismo.
O índice que registrou a principal mudança de cenário foi o relativo aos segmentos de “depois da porteira”, que reúne empresas de logística, frigoríficos, usinas de açúcar e etanol, etc. No primeiro trimestre de 2020, o índice estava com 92,5 pontos, para 112,4 no segundo trimestre – alta de 19,9 pontos.
Índice de Confiança do Agronegócio e a Economia
A avaliação das condições gerais da economia, responsável por impulsionar a pontuação recorde do fim do ano passado (123,8), caiu no início de 2020 e continua em patamares mais baixos.
Contudo, os sinais de retomada das atividades e de relativa estabilidade no mercado financeiro, junto com os efeitos positivos de desvalorização cambial sobre os preços agrícolas e da perspectiva de uma vacina para o Covid-19 têm aumentado as expectativas para o curto e médio prazo, especialmente por parte das indústrias.
O IC Agro ainda pontuou que o índice dos produtores agrícolas fechou em 116,8 pontos, alta de 0,7 comparado ao trimestre anterior. Isto representa um aumento na confiança em relação aos principais aspectos relacionados às condições do negócio.
Houve também a melhora na avaliação sobre o crédito, afastando o temor inicial de que a Covid-19 pudesse reprimir a disponibilidade de recursos. Isto indica que o Plano Safra, divulgado em junho, foi bem recebido pelos produtores. Além disso, tivemos a redução do pessimismo em relação aos custos de produção, devido às excelentes relações de troca entre os produtores agrícolas e o pacote de insumos.
A pesquisa completa pode ser vista aqui.