Aviação Agrícola: Saiba tudo sobre essa técnica de pulverização.

Aviação Agrícola: Saiba tudo sobre essa técnica de pulverização.

Tecnologia no Campo

Aviação Agrícola: em 19 de agosto de 1947 o piloto Clóvis Candiota decolava para o primeiro vôo agrícola no Brasil. Depois disso a aviação agrícola nunca parou de crescer em terrar tupiniquins. Em meio a diversas polêmicas e várias restrições, em 2016 o Brasil contava com mais de 2000 aeronaves e um crescimento médio de 5% ao ano.

Na agricultura, a aviação agrícola, é utilizada para a aplicações de diversos fertilizantes, fungicidas, inseticidas, herbicidas e diversas outras substâncias, na maioria das vezes misturado com água, formando a mistura que é aplicada pela aeronave.  

Como funciona a Aviação Agrícola

Após um estudo detalhado das necessidades da plantação, levando em conta a cultura, pragas e a etapa da planta é criada a receita da calda, que é o resumo dos produtos a serem aplicados. Normalmente essa etapa é feita por um engenheiro agrônomo ou responsável técnico.  A equipe de solo prepara a calda e abastece o avião enquanto o piloto fica responsável por entender e estudar o terreno, para assim montar toda a rota de aplicação

Com a calda pronta e a rota feita, o avião decola rumo a plantação. A substância é despejada através diversos vôos rasantes com uma distância de aproximadamente 3 metros do solo. Toda a área que deve ser pulverizada é demarcada em um GPS específico para este uso, e sempre guiado pela ferramenta o piloto realiza a aplicação.

A aeronave obrigatoriamente precisa ser preparado para esse tipo de operação seguindo todos os regulamentos para essa prática. O piloto também precisa possuir licenças especiais para a prática da aviação agrícola.

Os aviões mais utilizados para a aviação agrícola são: Embraer Ipanema, Cessna 188 e a linha agrícola da Air Tractor.

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Air Tractor realizando pulverização

Vantagens da aviação agrícola

Rapidez

A aviação agrícola permite uma aplicação muito mais rápida que os meios tradicionais. Além disso, na detecção de qualquer doença ou praga é muito mais prático realizar o tratamento de toda a lavoura em um curto período de tempo.

O rendimento de uma aeronave varia principalmente em função do clima, do terreno e do volume por hectare, podendo variar entre 70 e 100 hectares/hora

Flexibilidade e Qualidade

É possível pulverizar regiões e plantações em condições mais adversas que outros meios de pulverização. Um exemplo da flexibilidade da aviação agrícola é a possibilidade de realizar aplicações quando a o encharcamento do solo, devido à chuva ou à irrigação

Além disso é importante citar, que pelo fato do avião não ter contato com o solo, não gera danos, como o amassamento, compactação e disseminação de doenças, estes sendo muito comum em aplicações realizadas por máquinas terrestres.

Eficiência e Uniformidade

A pulverização através de aeronaves é o meio de aplicação que menos gasta água, cerca de 70% a menos que uma aplicação tratorizada. Além disso, o consumo de combustível por hectare é muito menor que em uma aplicação tratorizada.

O avião praticamente mantém a mesma velocidade durante a aplicação, influenciando muito na uniformidade da aplicação. Além disso, podem ser utilizadas ferramentas e sistemas controladores automáticos de vazão, que irão compensar as pequenas diferenças na velocidade do avião, melhorando ainda mais a regularidade da aplicação.

Regulamentação e Contaminação

Ao contrário que muitos pensam, a aviação agrícola é a forma de aplicar defensivos agrícolas mais controlada que qualquer outra. Existe uma regulamentação elaborada pelo ministério da agricultura que estipula as normas para essa prática, que inclui a forma de manuseio dos produtos, formas de descontaminação, até a maneira de como lavar o avião.

Toda prática da aviação também deve passar para certificação das aeronaves.

Segundo uma pesquisa realizada pela Anvisa, os alimentos que são mais contaminados por agrotóxicos são:

  1. Pimentão
  2. Morango
  3. Pepino
  4. Alface
  5. Cenoura

Os alimentos citados, normalmente são produzidos em plantações familiares e dentro de estufas, ou seja, provavelmente nunca passaram por uma aplicação de defensivos através de aeronaves.

E aí? O que achou do tema? Para conhecer mais sobre a aviação agrícola indicamos o canal do Eduardo Romero, piloto e expert da aviação agrícola. Vale uma checada no canal: TudoNiveladoVisite também o Instagram e o Facebook do TudoNivelado

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