

Que a atividade agropecuária corresponde à parte expressiva do PIB do Brasil todos já sabemos, certo? Entender os conceitos, as vantagens e o que há de novo sobre a Pecuária Extensiva, exercício que condiz à 90% da agropecuária brasileira, se torna uma obrigação.
Se você está buscando entender melhor as definições relacionadas à Pecuária Extensiva e o que está por trás dessa atividade que gera bilhões para o Brasil todos os anos, preparamos esse artigo para você.
Pecuária extensiva é a criação de animais em grandes áreas, a pasto, com fins de comercialização. Não demanda grandes investimentos, corresponde à 90% das atividades agropecuárias do Brasil e é o tipo de criação mais usado para o gado de corte.
Essa é a definição mais simplificada sobre Pecuária Extensiva. Para facilitar seu entendimento, vamos destrinchá-la em algumas partes importantes.
“Pecuária extensiva é a criação de animais em grandes áreas, a pasto…”
O principal ponto que distingue esse tipo de pecuária é a extensão da área de criação. Os animais são deixados livres em grandes áreas para pastoreio.
“…com fins de comercialização…”
É sempre importante lembrar que a agropecuária é um tipo de atividade voltada para o lucro. Desse modo, a criação dos animais visa a comercialização dos bens gerados, como a carne ou o leite.
As diferenças entre as pecuárias extensiva e intensiva são consequências da área utilizada para a criação dos animais.
Na pecuária extensiva os animais são deixados livres para pastoreio em uma grande extensão. O monitoramento do gado é mais difícil e não é necessário alto investimento, já que o gado retira alimentos no próprio pasto. Além disso, não é necessária mão de obra especializada para essa atividade e, por oferecer liberdade aos animais, é usado na pecuária de corte.
Já na pecuária intensiva os animais são confinados em pequenos espaços. Com o uso da tecnologia é possível monitorar o gado e maximizar os resultados. Além disso, a mão de obra para conseguir controlar a produção deve ser especializada. Os custos são mais altos, mas a produtividade também aumenta. Já que nessa estratégia pode-se ter um controle maior na nutrição dos animais, é indicado para a pecuária leiteira.
Por ter uma grande área para pastoreio, os animais podem retirar os insumos da própria terra. Se torna, assim, mais barata que a Pecuária Intensiva.
O rebanho destinado para o Gado de Corte precisa de liberdade e espaço. A pecuária extensiva supre essa necessidade, além de ser mais barata.
Por ter o gado espalhado em uma extensão muito grande e com muita liberdade, é difícil conseguir controlar os animais e fazer análises sobre o processo produtivo. Hoje, alguns softwares, como o da BovControl, ajudam nesse monitoramento. A falta desse controle está diretamente relacionada à baixa produtividade desse tipo de atividade.
A lucratividade na pecuária extensiva é relacionada ao tamanho da área utilizada, não na maximização dos resultados. Deixando o gado solto, sem muito controle, poupa-se dinheiro. Uma das consequências da prática da pecuária extensiva é a degradação do ambiente. Segundo a Embrapa, a densidade de cabeças de gado bovino no Brasil é de 1 cabeça por hectare.
As forragens não têm todos os minerais necessários para a nutrição animal. Para suprir essa falta de minerais, é necessário ter cuidado com a suplementação do gado. Esse cuidado pode dar muito trabalho e aumentar os custos da criação. O processo de silagem, mesmo sendo usado em alguns casos na pecuária extensiva, é muito mais comum na pecuária intensiva.
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16/04/2018 às 12:15
Muito obrigado pelas informações, tirou muitas dúvidas!
MUUUUUU