

Mastite Bovina: Confira o que preparamos pra você:
Mastite bovina ou mamite é a inflamação da glândula mamária, sendo esta uma das principais doenças em rebanhos leiteiros. Pode ser causada por microrganismos (bactérias, fungos, algas e vírus), agentes químicos irritantes e traumas físicos.
A mastite bovina apresenta-se de duas formas:
De forma simples, a mastite clínica pode ser vista a olho nu, enquanto a mastite subclínica não.
Conforme Santos (2011), um dos grandes problemas da mastite bovina é sua prevalência silenciosa, ou seja, a mastite subclínica que causa perdas de até 70%, enquanto 30% é decorrente de mastite clínica.
A mastite bovina é uma doença causada por um conjunto de fatores: microrganismos, ambiente e vacas, juntamente a possíveis erros de manejo que propiciam a contaminação da glândula mamária.
Um conceito importante no diagnóstico e controle da mastite é que os patógenos podem ser classificados em dois grupos: contagiosos e ambientais.
Os principais microrganismos causadores de mastites contagiosas (infecciosas) são: Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae e Mycoplasma bovis.
Os principais microrganismos causadores de mastite ambiental são: Escherichia coli e Enterobacter spp. (coliformes fecais), Streptococcus spp., fungos, leveduras e algas.
O diagnóstico deve ocorrer o mais rápido possível, visto que a mastite pode ser transmitida entre vacas.
Os produtores podem realizar ou ter acesso a três testes:
Deve ser realizado diariamente antes de cada ordenha. Nas fazendas em que são feitas duas ordenhas por dia, o teste também deve ser realizado duas vezes ao dia.
É simples, de baixo custo e permite a detecção da mastite clínica. Com isso, o produtor conseguirá começar o tratamento ainda no início da doença.
Para realizar o teste, basta ordenhar os três primeiros jatos de leite de cada teto na caneca de fundo preto e observar se há presença de grumos, pus ou mudança de coloração.
O CMT deve ser realizado pelo menos uma vez por mês. É um teste utilizado para detecção de mastite subclínica e como indicador direto da contagem de células somáticas (CCS) do leite.
O leite deve ser misturado ao reagente na proporção de 1:1. Por exemplo: 2 mL de leite e 2 mL de reagente. No Brasil, a interpretação mais comum do CMT considera cinco escores:
Simplificando, quando mais gelatinoso, maior a intensidade da reação.
A CCS é realizada por laboratório especializado, credenciado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio de exames em aparelhos eletrônicos. Geralmente, os laticínios coletam amostras de leite do tanque resfriador para realização da CCS, pois este é um dos critérios para remuneração por qualidade do leite.
Além da análise do leite no tanque resfriador, alguns laboratórios fazem a análise do leite de cada vaca. Esses dados são interessantes para o produtor pois é possível ver quais vacas impactam mais negativamente na CCS total.
O manejo antes, durante e após a ordenha está diretamente relacionado à prevalência da mastite.
Veja o que você pode fazer para evitar a disseminação da doença no seu rebanho:
Recomenda-se que o produtor elabore (ou peça a ajuda de um profissional capacitado para elaborar) a linha de ordenha, ou seja, defina quais vacas serão ordenhadas primeiro.
Essa estratégia simples e sem custo permite a diminuição da transmissão da doença, da taxa de novas infecções e da prevalência da mastite no rebanho.
O primeiro grupo de vacas a ser ordenhado é o sadio e depois o doente. Além disto, o produtor pode se atender à ordem de lactação.
Como montar a linha de ordenha:
O pós-dipping (desinfecção dos tetos após a ordenha) é um método de prevenção que deve fazer parte da rotina de ordenha, pois previne a entrada de microrganismos no úbere.
Os produtos pós-dipping agem “fechando” temporariamente o esfíncter (abertura) do teto, que após a ordenha fica “aberto” por cerca de 1h30min.
A mastite clínica deve ser sempre tratada, enquanto a mastite subclínica pode aguardar o período seco para o tratamento.
Antes do início do tratamento da mastite, deve ser realizado o teste de cultivo, isolamento e antibiograma para identificar qual o agente envolvido. Dessa forma, obtêm-se resultados melhores, redução de custos com tratamentos pouco eficientes e o problema é controlado mais rápido. A utilização de antimicrobianos/ antibióticos deve ser feita corretamente, de acordo com a recomendação profissional. Busque sempre a assessoria de um profissional qualificado.
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22/08/2018 às 11:15
Texto com abordagem simples e com informações importantes a serem lembradas. Muito bom! Parabéns!!!
29/04/2019 às 10:29
Gostei muito,bem simples fácil de entender,obrigado por nós ajudamos,com sua publicação.
29/05/2019 às 19:52
GOSTEI MUITO BOM TEXTO.
27/11/2019 às 14:50
Texto simples mais cm um importante informaçao
16/04/2020 às 20:59
Foi bem esclarecido gostei do texto