Os inúmeros métodos e tipos de sistemas existentes podem dificultar a decisão da melhor opção.  Por isso, no momento de montar o seu sistema de irrigação é preciso ter em mente todos os fatores que contribuem para a sua eficiência. Muitos agricultores cometem grandes erros e acabam prejudicando a plantação.

Os primeiros vestígios de construções estruturadas pelos homens com o objetivo de levar água para a terra e plantações podem ser vistos desde o continente asiático até o continente africano. Também é importante ressaltar sobre a irrigação e a correlação com o surgimento das primeiras sociedades desenvolvidas. Com o passar dos anos os sistemas foram ficando mais eficientes e mais tecnológicos e hoje podem ser vistos em quase todas as culturas do mundo.

Aqui você vai conhecer, sem mistérios, como determinar o sistema ideal para a sua plantação ou cultura. Explicaremos quais os melhores métodos para cada agricultor e como estruturar a implementação.

Irrigação

Tipo de Planta (irrigação)

O primeiro ponto que se deve levar em conta na hora de escolher o seu sistema de irrigação é para qual(is) cultura(s) agrícola(s) ele será montado. Culturas como feijão, milho e batata normalmente são irrigadas por um sistema de irrigação por aspersão.  Já para o arroz e a melancia, a irrigação mais utilizada é a por superfície.

Outro fator importante é estruturar um sistema de irrigação que possa atender a todas as culturas plantadas naquela área, levando em conta a lógica de rotação. Para esse quesito o sistema de aspersão convencional ou pivô central se mostram mais flexíveis e atendem grande parte das plantações.

Características do Solo (irrigação)

É do solo que as plantas vão retirar a maioria dos nutrientes necessários para o seu crescimento. Então, para ter uma plantação saudável e produtiva, é necessário um cuidado especial com esse quesito.

A característica que diferencia os solos no ponto de vista da irrigação é a velocidade de infiltração básica.

  • Em regiões com alta velocidade o melhor método é por aspersão;
  • Em regiões intermediárias a maioria dos sistemas atende a plantação;
  • Em regiões de baixa velocidade o melhor sistema é a irrigação localizada.

Relevo

A topografia da área a ser irrigada é um fator muito importante. Dependendo do relevo e da inclinação, o custo de implementação pode tornar o investimento inviável. Quando falamos de relevo é fácil pensar que uma área plana pode receber grande parte dos sistemas, mas quando olhamos para terrenos com declives é necessário mais atenção.

O gotejamento é o melhor método para áreas com alta declividade. Podendo ser implementado em áreas de até 60% de declínio, contra 30% de sistemas por aspersão e 15% para método por superfície. Saiba mais sobre gotejamento no artigo Irrigação por Gotejamento: Dobre a sua produtividade.

Clima

A quantidade de chuva, velocidade e frequência dos ventos é o princípio que vai decidir o foco da sua irrigação. Se vai ser um sistema de complementação ou um sistema necessário.

Cultivos em áreas com ausência de chuva, principalmente durante o período de crescimento, requerem obrigatoriamente um sistema de irrigação. Já em regiões com altos índices pluviais, pode se ter um sistema de irrigação apenas complementar, e em alguns casos nem se faz necessário.

Em locais com ventos fortes e regulares a homogeneidade e eficiência da irrigação serão comprometidas em um método de aspersão, nesse caso, um sistema de irrigação localizada, como o gotejamento, é mais indicado, pois é pouco ou nada prejudicado por essas condições.

Água

Obviamente o principal de um sistema de irrigação é a água. Dessa forma, deve ser considerada como fator chave na escolha do melhor modelo.  A vazão e o volume total de água disponível são os principais pontos a serem observados.

É necessário ter em mente a quantidade de água necessária para a cultura durante um ciclo completo.  A partir desse ponto, levando em conta a eficiência do sistema escolhido, iremos calcular a real quantidade que será utilizada.

Para um lucro maior, deve ser considerado o valor final da água, que consiste do custo de energia para o transporte, custo com o sistema de filtragem e logicamente o custo da água.

O melhor sistema tende a ser o mais rentável em longo prazo, mesmo que tenha um custo de implementação alto. Esse cálculo deverá ser feito utilizando o valor final da água, o custo inicial e a eficiência do método.

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