Agronegócio: Como ele poderá ser afetado pelo Coronavírus

Agronegócio: Como ele poderá ser afetado pelo Coronavírus

O coronavírus já é considerado uma pandemia, e com isso está gerando caos e vários efeitos negativos na economia mundial. Com o agronegócio no Brasil não seria diferente. 

Ainda é muito cedo para dizer quais serão os reais efeitos do COVID-19 na agricultura e na pecuária, no Brasil e no mundo. O fato é: o vírus está desencadeando um pânico ao redor do globo terrestre. 

Nós sabemos que nesse momento de crise o melhor remédio é a informação de qualidade. Por isso, o Tecnologia no Campo, seguindo a sua missão de levar conteúdo realmente relevante para todos, detalhou as principais consequências que o Coronavírus pode trazer para o agronegócio brasileiro. Confira: 

Alta do dólar afeta o agronegócio 

Na semana do dia 09/03/2020, o dólar superou a marca histórica de R$ 5,00. Depois disso encerrou a semana no maior valor de fechamento de todos os tempos: R$ 4,81. 

Apesar de esforços do Banco Central para evitar a alta da moeda Norte-Americana,a projeção é de continuidade da tendência de alta ou uma estabilização neste patamar. Poucos economistas projetam um forte baixa para o dólar no curto prazo. 

Para o produtor rural que tem como foco a exportação da sua produção, quanto mais caro o dólar, maior o seu faturamento. Além disso, o produtor ganha espaço para realizar manobras de diminuição dos preços, alcançando assim, um produto mais competitivo quando comparado à produtos de outros países. 

Por outro lado, produtores que precisam importar produtos ou máquinas, terão que pagar mais caro por esses itens agora. 

Queda nas exportações

Já é uma verdade que o COVID-19 irá gerar impactos nas economias de todos os continentes. Diversos países estão tendo a sua projeção de crescimento revisada para números bem inferiores aos planejados no início do ano.

Isso fará com que países que eram grandes importadores de produtos brasileiros diminuam o volume de compras. Assim sendo, teremos menos volume exportado por há menos perspectivas de vendas. 

Com isso, teremos uma diminuição na demanda, e seguindo a lei da oferta e da procura, é esperado uma queda nos preços. 

Queda nos preço do petróleo

O conflito instaurado na OPEP, principalmente por um desacordo entre russos e árabes, levou o petróleo a uma queda de quase 40% neste ano. Como isso afeta o agronegócio?

O petróleo é praticamente a base da economia mundial. Com queda do preço da commodity é esperado que outros insumos e outras commodities também sofram quedas nos preços. Não limitando-se em derivados, como fertilizantes que utilizamos como base o petróleo, mas também defensivos, produtos agrícolas e metais.

Principalmente na agricultura, uma queda nos combustíveis e itens básicos poderá tornar o custo de produção ligeiramente mais baixo, levando assim também na queda dos preços ao redor do mundo. 

Fornecimento de insumos agrícolas

A China foi o primeiro país a ser afetado e também o primeiro país a de fato controlar a doença. Mesmo assim, ainda é difícil prever os impactos nas indústrias e fábricas chinesas. 

Além de afetar diretamente a produção (várias cidades foram fechadas), é esperado que a doença atrapalhe toda a logística interna e externa do país. Vários portos e aeroportos foram fechados ou tiveram o seu fluxo reduzido drasticamente.  

Em 2019, 38% dos defensivos agrícolas importados vieram da China. A escassez dos insumos poderá trazer fortes dificuldades para a agricultura brasileira. 

Agricultura familiar poderá ser afetada

Boa parte das escolas e universidades já declaram que irão cancelar as aulas por tempo indeterminado. Essa medida prejudica diretamente a demanda por alimentos. 

Um fato que deve ser seguido de perto é como o Ministério da Agricultura irá reagir à isso tudo. É um cenário muito preocupante para o país, cabe ao ministério, em primeiro lugar, garantir a segurança alimentar. 

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